Saímos de Cusco as 10 Horas da manhã e tomamos a rodovia 3s e sabíamos que teríamos de fazer 400 km e mais 20 até o nosso hotel, paisagens muito lindas, trânsito normal até Juliaca, onde tudo virou um inferno, tivemos que entrar na cidade, em uma parte simplesmente horrível, as ruas estavam intransitáveis, bati o carro em baixo umas três vezes e rezava para que não acontecesse nada, que nos pudesse interromper um atrapalhar a viagem.
Compartilhar este espaço com os peruanos apressados foi, simplesmente uma desgraça, mas só acontece para quem está de carro. Enfim passamos e chegamos a Puno uma cidade cor de tijolo, com um trânsito caótico e nervoso, mas passamos e chegamos no nosso hotel o Taypikala Lago. Viajar de carro no Peru é uma aventura, você vê paisagens incríveis, mas entra em muitas roubadas.
Catedral de Puno |
A cidade de Puno:
Localiza a 3820 metros de altitude, junto ao mais alto e um dos maiores lagos Sul Americanos, a cidade de Puno é denominada a Capital Folclórica do Peru, devido aos seus tradicionais festivais, com animados espetáculos de música e dança.
Prefeitura de Puno |
Para os turistas, continua sendo aquela cidade desorganizada, mera coadjuvante, para o turismo no lago. Tem como destaque sua Catedral, uma construção andina de estilo barroco, localizada na praça de armas e um barco a vapor o “Yavari”, do século XIX, onde hoje funciona um hostal.
As Ilhas de Uros
Tomamos o barco no cais ao preço de 15 dólares por pessoa, com o ingresso na ilha incluso. Tem muitas pessoas oferecendo, mas fomos com quem me ofereceu um lugar para estacionar o carro a 2 soles a hora. Achei justo.
Embarcamos e para nossa surpresa tínhamos até um guia, que durante os 30 minutos que leva para chegar, nos contou tudo sobre as ilhas e as famílias que ali vivem.
Recepção das Mulheres. |
Mostra de trabalhos artesanais |
A recepção é calorosa e vão logo dizendo kamisaraky (Como vai na língua nativa) e a resposta é Waliky (Seria o bem e você). Logo começam a cantar e quando descemos o guia conta como é construída a ilha, sob o olhar atento e curioso de todos nós, sentados em troncos de totora, dispostos em forma de U. Após cada casal ou grupo vai com uma mulher de uma família, para conhecer a sua casa.
Aprendendo a construir uma ilha de Totora |
Na ilha que descemos, a Isla Kontiki, tinha 8 a 9 casas e cada uma delas com uma placa solar, doada pelo governo, que fornecia eletricidade às famílias. Os banheiros são precários, em forma de cone e ao meu ver, não oferecem condições básicas de higiene. Mas para quem não tinha nada isso já é luxo.
Interior da Casa |
O arquipélago dos Uros, formado por mais de 90 ilhas, é uma das das mais famosas atrações do Lago Titicaca e estão situadas a 6 km do porto da cidade de Puno no Peru, a 3.812 metros de altitude. São construídas de ‘Totora’, um junco que cresce nos terrenos pantanosos da América do Sul, semelhante ao “Capim Santafé”. Nas Lagoas litorâneas do Rio Grande do Sul, são encontradas em abundância, mas não são aproveitadas.
Isla Kontiki |
Esmeralda Nossa Anfitriã |
Seus habitantes são descendentes diretos de uma das culturas mais antigas do continente. A Origem deste povo (povoado) se perdeu nos labirintos da história, mas se presume que são originários dos Pukinas, uma das comunas mais antigas da América, e se intitulam os donos das águas do lago Titicaca.
Na realidade são construções a base de totora, que flutuam no lago e atualmente são povoadas por um povo de origem Aimara, já que o último dos Uros, morreu, segundo a história, na década de 1950. Mas o guia nos disse que a última dos uros morreu em 1975.
Roupa Típica dos Uros |
A “Totora” é a matéria prima indispensável para a vida dos Uros, pois além de construir suas ilhas, são responsáveis pela elaboração de balsas, utilizadas para o transporte da população até o continente. Quando seca a totora é utilizada como lenha, para a cozinha, cumprindo a função de combustível.
Com o advento do crescente turismo, o povoado começou a desenvolver belas peças de artesanatos, usando o material disponível, a totora, que vendidas, passaram a fazer parte de sua economia. Me disseram que também serve para a alimentação, como complemento as suas dietas, não achei nenhuma graça.
A comunidade Uros-Chulluni, oferece opções de turismo rural e permite aos turistas a hospedagem e participação das atividades diárias nas ilhas. A única forma de chegar e tomar uma lancha na Bahia de Puno.
Barco da Ilha |
Navegando em Barco de Totora |
Após passar no shopping de cada família, será convidado a passear em suas embarcações típicas. O preço inicial é de 10 sol por pessoa, mas mostrando desinteresse, acaba saindo por 5 sol. A embarcação atraca na capital das ilhas, onde funciona um restaurante, que tem banheiro, cadeiras para descansar, mas não se iluda tudo tem seu preço. No fundo fazem de tudo para tirar um dinheiro dos turistas.
Restaurante da Ilha Central |
Eu fui a Puno, só para visitar estas ilhas e claro, conhecer o mais alto lago navegável do mundo. Cada centavo valeu a pena, não pensei que haviam tantas famílias vivendo ali.
Partidas das 8:00 as 14:00 tempo 3 horas. Local Porto de Puno – Baia de Puno
Posto de Saúde das Ilhas Flutuantes |
Lago e as Totoras |
PERU DE CARRO - 17 DIAS - DEMAIS POST.
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