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sexta-feira, 6 de julho de 2018

AREQUIPA - PERU


PLAZA DE ARMAS - CATEDRAL
Com aproximadamente 1.100 milhões de habitantes, na sua área metropolitana e cerca de 900 mil na área urbana, fundada em 15 de agosto de 1540, Arequipa é uma cidade peruana, sede do Tribunal Constitucional e por isso é a capital jurídica do país. Conhecida como Cidade Branca, devido a presença de pedras vulcânicas, que brilham, chamadas Sillar, é a segunda cidade do Peru em população e economia. Está aos pés de três vulcões, El Chachani, El Misti e Pichu Pichu.
CASARÃO COLONIAL
PLAZA DE ARMAS
Sua coloração branca é fruto das cinzas eruptivas acumuladas e compactadas pela natureza durante o passar dos séculos, fazendo suas construções brilharem, quando refletidas pela luz do sol.
Sua localização geográfica, as margens do rio Chili, proporciona estações marcadas com um clima cálido, seco e ensolarado, quase o ano todo, salvo em época de chuvas. Está a uma altitude média de 2.328 metros, no vale de Arequipa, protegida ao norte pela faixa da cordilheira andina e ao sul e oeste, pelas cadeias de cerros mais baixas, formando um oásis entre o deserto arenoso e a região serrana.
PLAZA DE ARMAS

CONVENTO LA MERCEDES
Arequipa é um importante centro industrial  e comercial do Peru, e entre as atividades que se destacam estão os produtos manufaturados e a produção têxtil de lã de camélido, uma espécie de camelo, com qualidade de exportação, mantendo estreitos laços comerciais com o Chile, Bolívia e Brasil, sendo que se conecta, por meio da Ferrovia do Sul, com diversas cidades, bem como o porto de Matarani.

Seu nome de fundação foi Vila Formosa de Nossa Senhora de Asunta, mas um ano depois Carlos V, ordena que seja chamada de Arequipa, cujo nome quer dizer atrás do Pico, ou seja atrás do Vulcão.
AO FUNDO O VULCÃO  EL MISTI
O centro histórico, com uma área de 332 hectares, é patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, desde 2000, devido a sua arquitetura herdada dos espanhóis. O patrimônio histórico e monumental que alberga e seus diversos espaços culturais a converteram e uma cidade turística nacional e internacional, respaldada pela sua arquitetura religiosa intacta e republicana, produto de uma mescla entre as culturas espanholas e peruanas, cuja influência chegou até Potosí na Bolívia.
AO FUNDO VULCÃO EL CHACHANI
O centro histórico alberga uma arquitetura caracterizada pelo protagonismo do Sillar, cuja utilização se inicia no final do século XVI e foi até o século XIX e foram frequentes no século XVIII.  Esta pedra vulcânica branca ou excepcionalmente rosada, resistente a intempéries, não foi aproveitada no início, exceto em portas de igrejas e algumas vivendas, pois as construções eram muito simples, feitas de barro, cal e os tetos de palha, sem muito acabamento. Algumas deste tipo ainda existe no Bairro San Lázaro.
MISTI
Já no século XIX a arquitetura cresceu e a pedra Sillar foi sua principal matéria prima, os casarões começaram a ser construídos, sobre os edifícios coloniais destruídos, anteriormente, pelo terremoto de 1868. Se caracterizam pelos seus arcos semicirculares e tetos arqueados. 
PLAZA DE ARMAS - CATEDRAL
As estruturas de sillar, geralmente, são de muros grossos de 1 a 1,5 m nas casas e mais de 2 metros nas igrejas, distribuídos de forma homogênea. Mais tarde apareceu o ladrilho e a telha, tal qual podemos observar no Monastério de Santa Catalina.
Os Estilos arquitetônicos foram alterados de acordo com os sismos que provocavam destruições. A Cada reconstrução havia uma troca de estilos, obedecendo a seguinte ordem:
PALÁCIO MUNICIPAL
Estilo aldeia colonial (1540-1882); Barroco (1582 a 1784); Rococó e neoclássico (1784 a 1868), ano do grande terremoto; Empirismo moderno e neocoloniais (1868 a 1960) e por fim o estilo contemporâneo e moderno, que se estende até hoje.
Atrações do Centro Histórico – É composto de 14 igrejas, 4 capelas, 5 conventos e 3 monastérios e a mais de 147 monumentos. As principais atrações:

Basílica Catedral de Arequipa
É a construção neoclássica mais importante do Peru, produto da reconstrução que iniciou em 1844 e terminou três anos depois, realizada e dirigida pelo arquiteto Lucas Poblete. É também conhecida como Catedral de Santa Maria é considerada um dos primeiros monumentos religiosos do início do Século XVII em Arequipa.


Construída totalmente em sillar, a pedra vulcânica, com arcos de ladrilhos, exibe um estilo neoclássico, com certa influência gótica. Sua fachada esta composta de setenta colunas com detalhes coríntios, três portais e dois grandes arcos laterais, completadas por duas torres renascentistas altas e estilizadas. No seu interior está o altar maior, construído com mármore de Carrara, por Felipe Maratillo. Na nave central se destaca o púlpito esculpido em madeira, feito pelo artista Busine Rigot, em Lille na França, onde se vê cristo derrotando a serpente maligna.


Ao fundo o órgão de origem belga é um dos maiores da América do Sul. A Capela do Senhor do Grande Poder é muito frequentada pelos habitantes locais, tendo sido destruída em 1844 por um incêndio e reconstruída em 1868, pelo arquiteto local, Lucas Poblete. As entradas para a igreja são pelas naves laterais.
ÓRGÃO


Iglesia de la Compañía
É o monumento símbolo da escola de Arequipa e é considerada uma das criações mais esplêndidas do barroco peruano e ponto de partida para esta escola. Na sua fachada há uma inscrição com o ano de 1698, o que caracteriza o alto apogeu desta arte regional no início do século XVIII.

Sua construção iniciou em 1590 pelo irmão Felipe e foi terminada em 1698. Da mesma forma como outras construções o material procede das minas de sillas, pedra vulcânica, pois é um material fácil de trabalhar e a que mais se adequa aos trabalhos ornamentais. 
A Planta é de cruz latina, composta de três naves e longas capelas laterais, um cruzeiro e uma cúpula bem arqueada. 
O interior do templo podemos ver muita madeira talhada e revestida em pó de ouro. Na sacristia está a capela de San Ignacio, com seus murais policromos, que mostram a flora e a fauna tropical.

A fachada principal, de estilo barroco mestiço, é uma das melhores obras de arte decorativas coloniais do sul da américa e foi construída em 1698 após o terremoto. Mesmo sendo da segunda metade do século 17 sua influência se estende até o século 18, tanto em Arequipa como em Collao, La Paz y Potosí. A novidade que se inicia é uma decoração uniforme, que se utiliza de elementos nativos americanos, plantas, animais e assuntos sobre a mitologia pré-hispânica, mesclada com motivos europeus, que trabalham as fachadas, sem deixar nenhum vazio.


Em seu interior temos o Altar Maior, um dos mais belos de Arequipa, onde se concentram as melhores pinturas do pintor italiano Bernardo Bitti, que chegou ao Peru em 1575, como a tela “La Virgen com el niño” (A virgem com a criança).
CLAUSTRO
 

Cabe ressaltar que os dois claustros são os mais notáveis de Arequipa, quer pela rica ornamentação, grandiosidade e originalidade. A decoração reflete algo ainda não visto, parecendo que seu autor não quis copiar ou fazer nada do conhecido. Achei um dos melhores trabalhos que vi, nunca havia contemplado algo mais original e tão belo.
CLAUSTRO Iglesia de la Compañía
Monasterio de Santa Catalina de Siena -  
Fundado em 1579, com ajuda financeira de Doña María de Guzmán, uma jovem e rica viúva da nobreza, que por seis anos assumiu o cargo de priora do convento. Foi destruído parcialmente por um terremoto no final do século XVI, tendo sido reconstruído pelas próprias freiras, construindo quartos individuais, decorados a seus gostos.
CLAUSTRO DAS LARANJEIRAS
Segundo a história, ali viveram mais de 450 mulheres, enclausuradas, das quais 180 eram freiras, em sua maioria, espanholas. As outras mulheres eram de baixo nível econômico, que encontravam no monastério um refúgio e um prato de comida em troca de servir as religiosas.
O Convento estava cercado de mistérios e pouco se sabia o que se passava atrás dos seus murros.

Quando foi decidido a abertura das portas do monastério e se iniciaram os trabalhos de restauração dos afrescos pintados em suas paredes, foi encontrada uma coleção de quadros religiosos da escola indígena, sendo que 400 peças foram restauradas e compõem atualmente uma das coleções de pinturas religiosas mais importante da América Latina.
SALAS DE CLAUSURAS
O Museu do interior do monastério guarda uma das amostras mais importantes da arte religiosa do continente, incluindo uma pinacoteca, que contém obras da escola Cuzqueña, máxima expressão da fusão dos sentimentos e valores de duas culturas, a Inca e a Espanhola. Foi aberto ao público em 15 de agosto de 1970. 
LAVANDERIA
A visita ao monastério tem a duração de 1:30 horas e custa 35 Soles e está aberto de Terça a Quintas-feiras, das 8:00 as 17:00 horas.
El convento de San Francisco 

A ordem franciscana foi fundada por São Francisco de Assis na Itália, no início do século XIII. Os franciscanos chegaram a Cusco e depois Arequipa, nos primeiros anos da conquista e se localizaram nas imediações da cidade, com a missão de difundir a fé cristã, para os novos povos conquistados.
A Igreja de San Francisco, fundada em 1552 de forma retangular, tem três naves, um transepto, um presbitério e um coro de pedra, mas começou a tomar forma em 1569.
ALTAR
O primeiro templo foi concluído no início do século XVII, mas sua estrutura ficou abalada devido ao terremoto de 1608 e praticamente destruída no terremoto de 1687, sendo que em sua reconstrução foi agregado uma série de atributos arquitetônicos, sofrendo muitas modificações na estrutura original, que permanecera até hoje.
CLAUSTRO
A Igreja atual, estruturalmente, foi feita de Sillar e Ladrilho e o destaque fica por conta de sua torre, onde se pode observar as imagens da Virgem Imaculada Concepção, San Francisco de Assis e Santo Domingo de Guzmán, esculpidas na mesma parede em técnicas de baixo relevo.


PLAZA SAN FRANCISCO
Em seu interior, o altar de prata, acompanhado de esfinges e esculturas de diferentes personagens do culto católico, dão um esplendor especial aos olhos. O conjunto forma um complexo interessante e bem distribuído, salientando uma parte destinada a biblioteca, que possui em suas estantes, mais de 20 mil livros, alguns com qualidades incomuns, bem como uma pinacoteca
O Soberbo coro talhado em sillar é de encher os olhos e suas esculturas estão entre as mais belas obras do século XVII, realizadas em Arequipa.

Iglesia y claustos de Santo Domingo –

Foi fundada em 1647 com uma fachada e uma nave central e em 1949 foi agregada uma torre poligonal. Foi a primeira congregação de padres a chegar em Arequipa. Como todas as construções sofreu os efeitos dos terremotos e teve que ser reparada. Chama a atenção o belo jardim em frente.
Infelizmente não conseguimos fazer a visita. A igreja não abriu no horário previsto.
OUTRAS ATRAÇÕES DE AREQUIPA
EL MERCADO DE SAN CAMILO
O mercado de San Camilo, movimenta as riquezas alimentares de Arequipa. Ali podemos encontrar desde vestuário, artesanato, frutas verduras, sementes e uma gama variada de carnes etc.



A inscrição abaixo foi pronunciada por José Luis Bustamente y Rivero, Presidente da República do Peru - 1945-1948.

“Pétrea ciudad adusta. Sólida trabazón de viviendas donde el sillar es símbolo de la psicología colectiva: roca y espuma; dureza y ductilidad. Amalgama de fuego, en que el aliento del volcán funde y anima las piedras y las almas»
Vou arriscar a tradução:
(Cidade de pedra rígida e porosa, sólidas construções de vivendas, onde o sillar é o símbolo da psicologia coletiva: rocha e espuma; rigidez e maleabilidade. Amalgama de fogo, onde a lava do vulcão funde e anima as pedras e as almas.), bem poético. Gostei.

Prédios Públicos de Arequipa:
     I.        Teatro Fênix e o Teatro Municipal;
    II.        O Hospital Goyeneche e o Hospital de Sacerdotes;
  III.        As pontes Bolognesi e Grau;
  IV.        O Instituto Cháves de La Rosa;
   V.        A Estación del Ferrocarril;
  VI.        El Mercado San Camilo;
VII.        El Molino de Santa Catalina;
VIII.        Palácio de Goyeneche e
  IX.        Instituto Confucio.

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