DESTINOS E PASSEIOS: CORICANCHA - VALE SAGRADO INCA

CORICANCHA

Localizado a 200 metros da Plaza de Armas de Cuzco, na Av El Sol esquina com a Rua Santo Domingo, possivelmente é o edifício mais sagrado e importante do Império do Tahuantinsuyo. Seu significado tem relação, tal como, um recinto de ouro e em virtude de ter sido edificado na capital do Império Inca, se tornou uma construção muito importante para esta civilização e como seu nome indica, estava repleto de ouro.

Não existe uma data certa do início da construção, mas existem referências que podem indicar seja o período dos Ayamarcas, em torno de 1200 d.C. Em 1438, ao assumir o poder o noveno Inca, Pachacutec, sofreu uma total remodelação e passou a chamar-se Qorikancha, que o nome atual.

Com a chegada dos espanhóis, no tempo da conquista, foi destruído e saqueado. Hoje a estrutura colonial da igreja e Convento de Santo Domingo, ainda utiliza como base os cimentos e muros originais do Templo inca Coricancha.

A disposição do sítio arqueológico, simulava um sol, com raios que brilhavam em todas as direções, estes foram os “cegues” linhas, caminhos físicos e cósmicos, que conduziriam a mais de 320 sítios sagrados, realizados pela civilização inca.

O traçado da cidade de Cusco, foi feito de maneira que representa um Puma e Coricancha, se encontra na Cola do Puma, já o segundo lugar sagrado mais importante o Sacayhuamán, se encontra na cabeça do Puma. (desculpe a redundância).

- Templo do Saldo

Templo e Igreja de Santo Domingo

Era, sem dúvida, o recinto mais importante do complexo, guardado por sacerdotisas do sol, representava o Deus Huiracocha e alguns monges incas. Os muros de Coricancha mostram o grande nível de engenharia alcançado pelos incas. Estas paredes foram construídas a partir de grandes blocos de rocha maciça, as quais encaixam perfeitamente uma na outra. Destaca-se o grande muro ocidental curvo, por sua forma e elegante como se dispõe regular.

A maior parte das paredes foram construídas com uma leve inclinação, para dentro, uma característica típica da arquitetura Inca. Suas por de acesso em forma de trapézio e suas janelas permitem o ingresso da luz, que ressaltava as paredes cobertas de ouro. Deve ter sido uma festa para os espanhóis, que levaram tudo embora. Portugal levou do Brasil e a Espanha do resto da América do Sul.

Conta a história que os edifícios internos tinham o teto de palha e um único piso. As portas, bem como os exteriores e interiores dos diferentes templos estavam todas decoradas com ouro e a parte interna dos muros de esmeraldas. Quanta riqueza saqueada e quanta cultura destruída.

Templo de Las Estrellas

Templo de Las Estrellas.

O nome já diz tudo, local onde se adorava as estrelas, servidoras da lua, filhas do sol e da lua. Os Incas acreditavam que a disposição das estrelas no céu, representavam todos os animais da terra e se pensava que todo animal da terra tinha uma semente no céu. Na parte media do Templo se pode observar uma ala de cerimoniais, onde se colocavam os trabalhos feitos em baixo relevo e restos ósseos dos animais locais (Alpaca, Vicunhas, Lhamas, Guanacos, etc) e esta ossada se relacionava com a saída do sol durante o solstício do inverno.

Temos ainda o Recinto do Arco íris, Sala de Sacrifícios, Fonte de cerimônias, recinto do raio, trovão e relâmpago, os jardins, as fontes e “La Puerta o Callejón Sagrado”, ou seja, uma porta sobre um caminho comprido e estreito.

Imaginem tudo isso intacto e reluzindo?