Quando
cheguei fiquei um tanto surpreso, pois não se via absolutamente nada, apenas um
estacionamento e um pequeno prédio, com alguns banheiros. Mas a atrás em muitos
metros abaixo, no fundo do buraco, os Incas tinham construído e idealizado uma
estranha construção, que jamais havia visto. Era uma sucessão de círculos
contínuos escavados na terra e separados por profundas plataformas em forma de
escadas.
Na
verdade, após algum tempo descobri que os Inca usaram Moray como um laboratório
agrícola com a finalidade de experimentar diferentes cultivos em variadas
alturas. A disposição das plataformas produz um uma diversificação de
microclimas, mantendo no centro dos andaimes circulares concêntricos uma
temperatura mais alta, reduzindo -se gradualmente até o exterior, onde as
temperaturas são mais baixas dado a altitude. Na verdade é uma simulação de até
20 diferentes tipos de microclimas.
Acredita-se
que Moray deve ter sido a referência para o cálculo da produção agrícola no
vale de Urubamba, ou também em diferentes partes do Tahuantinsuyo.
O
curioso é que a depressão se encontra em um local livre, onde temos apenas o
vento e nutre-se de água subterrânea e jamais fica inundada, devido a grande
absorção da terra capaz de absorver até mesmo chuvas torrenciais.
Diversas
teorias explicam o uso de Moray na época incaica. Segundo o historiador Edward
Ranney, os Incas utilizaram os terraços de Moray como um lugar para agricultura
especial, quem sabe para o desenvolvimento do seu mais apreciado cultivo, a
folha de Coca.
Durante
o mês de outubro a população das comunidades vizinhas, percorrem os terraços
circulares de Moray para celebrar “El Moray Raymi” ou Festa do Sol, realizando
danças folclóricas relacionadas com a terra e o trabalho da agricultura.
ALGUMAS FOTOS DOS ARREDORES DE MORAY
PERU DE CARRO - 17 DIAS - DEMAIS POST.
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