O sítio arqueológico de Segesta
está situado a noroeste da Sicília, no distrito de Trapani, a 84 km de Palermo e
de outros pontos de interesse como Trapani, Erice e Castellammare.
Para quem vem de carro como eu,
ao chegar no estacionamento, vai à recepção para comprar seu ingresso.
Aconselho a comprar também o transporte de ônibus até o Parque, pois a pé é um
longo caminho e a temperatura no verão beira 38 graus.
Um Resumo da História
Estima-se que Segesta foi fundada
entre os séculos IV e V a.C. por Acestes e por companheiros de Enais e o povo
chamado Ilímios, que fugiram da guerra de Troia. Logo vieram os gregos e se
assentaram neste povoado e juntos formaram um grande exército. A época era
beligerante e as conquistas representavam o único sentido de vida da época, o de
poder entre as tribos. O assentamento estava bem localizado, em cima de uma
colina “Monte Bárbaro”, rodeada por terras férteis, onde se podia controlar os
movimentos e se defender de qualquer ataque, principalmente do seu maior
inimigo os Selinuntes.
Segesta sofreu numerosos ataques
e manteve contínuos conflitos com os Selinunte, mas com ajuda de Cartago,
conseguiu aniquilar o seu adversário, junto com Agrigento e outros
assentamentos. Por ironia do destino em 307 a.C foi tomada por Cartago,
causando sua destruição, mas foi reconstruída logo depois. Em 276 a.C., aliou-se
a Pirro do Epiro, mas foi tomada pelos romanos em 260 a.C., que a tornaram o
status de cidade livre. Pouco se sabe sobre sua história durante a denominação
romana. Nas invasões dos vândalos, foi destruída novamente, e hoje permanece
apenas como um sítio arqueológico, com vários monumentos, especialmente um
grande templo dórico e um Teatro grego.
O Que restou faz a alegria dos turistas
que, no verão, mesmo a temperatura de quase 40 graus, perambula pelos seus
escombros e pelo templo, com sua estrutura muito bem conservada, apesar dos
anos.
O TEMPLO GREGO
De origem dórica, localizado em Segesa,
em uma área agrícola fértil, é um dos mais interessantes da Sicília. Um pouco
diferenciado dos templos gregos que já vi e dado a ausência de sua estrutura
interna, causa controvérsia entre os historiadores, mas sem dúvida,
independente do culto praticado, é consenso que sua função era religiosa.
O que se tem é que o templo, por escassez
de recursos, em virtude dos conflitos Segesta x Selinunte, nunca foi terminado.
Atualmente há um certo consenso sobre a teoria que afirma que não se trata de
um templo, mas sim de uma colunata levantada, para solenidades sagradas dos
Elímios. O conjunto é composto de 36 colunas coroadas por uma arquitrave lisa e
um friso dórico com métopas e tri glifos, medindo 61 × 26 metros de
comprimento.
No mesmo complexo um pouco mais
adiante, seguindo uma trilha até a colina se encontra o Teatro Grego. São 2 km
e ser for visitado no verão, aconselho a compra passagem do micro-ônibus devido
ao forte calor.
O TEATRO GREGO
Construído
na segunda metade do século III a.C. com uma cavidade de 63 metros, está
orientado para norte, contradizendo a habitual construção dos tetros gregos. Acredita-se
que esta peculiaridade se deve a deslumbrante vista das colinas e o azul do mar
mediterrâneo.
No
verão o teatro é utilizado para muitas apresentações, entre as quais àquelas
que tentam retroagir a 25 séculos atrás.
Dado a transição greco-romana a
obra é digna de elogios, ainda mais que parte dela foi esculpida nas rochas e
outra usava um forte muro de contenção, tornando-se uma autêntica obra de arte,
que faz a alegria dos fotógrafos amadores como eu.
Não muito longe daí, foi
encontrado em 1989, por escavações do terreno, ruínas de um castelo, que se
acredita, ter sido a residência de um nobre que ali se estabeleceu no século
XIII, no alto do Monte Bárbaro. Na
verdade, sobrou pouco para se ter uma ideia completa, mas observando as
estruturas, os restos arqueológicos, se estima que tinha mais 8 metros de
altura, ou seja, dois pisos.
O Parque está aberto no verão das
9:00 as 19:00
No Inverno das 9:00 até as 17:00
Horas
Na primavera e outono até as
18:00 horas.
Lembre: Fecha uma hora antes do fechamento
do complexo.
Ingresso: 6 Euros por pessoa +
ônibus 1,50 euros (Opcional)
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