DESTINOS E PASSEIOS: VALE DOS TEMPLOS - AGRIGENTO - SICÍLIA

TEMPLO DA CONCÓRDIAVÍDEO

Com aproximadamente 60 mil habitantes, situada na costa meridional da Sicília, sobre os restos da antiga Akragas, esta, fundada em 580 a. C. por colonos de Rodas e Creta, que haviam fundado previamente na Sicília a colônia de Gela.

Localizada em um penhasco na costa Sul da Sicília, cercada por dois rios (o Hypsas e o Acragas), ponto estratégico para facilitar a defesa da cidade nas épocas da guerra. A dominação grega durou aproximadamente 370 anos, período em que Acragas adquiriu grande poder e esplendor, a ponto de ser chamada pelo poeta Píndaro de "a cidade mais bela dos mortais", devido às maravilhas do Vale dos Templos.

Restos da Fortaleza. Veja o detalhe na pedra.

No início enfrenou a Tirania de Fálaris (570-554 a.C.), mais conhecido por sua crueldade, caracterizada por uma política de expansão interna, de fortificação das muralhas e do embelezamento da cidade.

O desenvolvimento máximo da cidade foi alcançado com Terone (480-471 a.C.), quando a cidade contava com aproximadamente 300 000 habitantes e seu território foi expandido até as costas do norte da Sicília. Terone montou um grande poderio militar e conseguiu derrotar, mais de uma vez, Cartago nas guerras para o controle da Sicília. Mas em 406 a. C Cartago invadiu a cidade e a destruiu quase completamente. Em 339 a.C. a cidade, sob a influência de Siracusa, foi reconstruída e repovoada. Após as guerras púnicas, ficou sob o controle da República de Roma com o nome do latino de Agrigentum, oficialmente denominada pelo nome siciliano de Girgenti.

A cidade romana é fantástica, mesmo sobrando pouco, consegue-se ter ideia suficiente da arquitetura da época, já cidade normal Agrigento, nem cheguei a conhecer.

O Vale dos Tempos é a área onde se encontra a maior parte do urbanismo da cidade antiga junto com seus monumentos públicos. Foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1997. O Parque arqueológico compreende um conjunto de templos, construídos entre os anos 510 e 430 a.C. Os templos foram destruídos e saqueados por Cartago e reconstruídos na era romana e novamente destruídos pela atividade sísmica da região.

Templo de Castor e Pólux

Sua construção foi iniciada no século VI a.C., mas foi reconstruído em torno de 480-460 a.C. Também é chamado de Templo dos Dióscuros dedicado aos irmãos Castor e Pólux, em agradecimento pela vitória na Batalha do Lago Regilo (495 a.C.), sendo que suas quatro colunas formam um dos símbolos de Agrigento.

Conta a história que o último rei de Roma, Lúcio Tarquínio Soberbo, e seus aliados, os latinos, declararam guerra contra a ainda incipiente República Romana. Antes da batalha, o ditador Aulo Postúmio Albo Regilense jurou construir um templo aos Dióscuros (gêmeos Castor e Pólux) se Roma vencesse. De acordo com a lenda, Castor e Pólux apareceram no campo de batalha como dois habilidosos cavaleiros para socorrer os romanos. E, depois que a batalha foi vencida, apareceram novamente no Fórum Romano para dar água aos seus cavalos na Fonte de Juturna (Lacus Juturnae), anunciando assim sua vitória. O templo foi construído no exato local onde eles teriam aparecido.

TEMPLO DA CONCÓRDIA

Templo da Concórdia

Construído em torno de 430 a.C., graças ao seu estado de conservação está catalogado entre as mais notáveis construções da civilização da Grécia Antiga ainda existente, medindo 20 x 42m, rodeado por 13 colunas em cada comprimento e 6 nas larguras, e 6,75m de altura de 6.75m. O Templo chegou até os dias de hoje em boa conservação, pois no século VI d.C., foi transformado em uma Igreja cristã, salvando-se, desta forma da destruição sofrida por outros templos pagãos.

Templo de Hércules

É o mais antigo do parque, tendo sido construído em torno de 500 a.C. Não escapou da destruição e saqueio Cartaginês de 406 a.C., sendo reconstruído pelos romanos, mas encontrou o mesmo destino do Templo de Concórdia, foi destruído por um terremoto. Foi desenhado em estilo dórico arcaico na colina dos templos, em uma espora rochosa perto da Villa Aurea.

Tinha 15 colunas enfileiradas em cada lado e 6 frontais no pórtico. Restaram 8 colunas do lado sul, que foram reinstaladas em 1923.

Também no lado sul se encontra a Tumba de Therón, um mausoléu em forma de pirâmide, com colunas dóricas coroadas por capiteis largos nos ângulos.

Templo de Zeus Olímpico

Foi construído em torno de 480 a.C. oferecido a Zeus, por ocasião da vitória sobre os cartagineses. Existem escassos vestígios que este poderia ter sido um dos maiores templos gregos da antiguidade, medindo 112x56m e 20 metros de altura, que não foi terminado. Diz a história que o templo foi iniciado pelos escravos cartagineses e que não foi terminado, porque os cartagineses em seguida conquistaram a cidade. Nos séculos seguintes a estrutura foi desmantelada por terremotos e no século XVIII foi saqueado para retirada de material para outras construções. O que permanece hoje é apenas sua plataforma e alguns pilares desfeitos.

Do que restou foi deduzido que o templo cantava com um muro em sua volta, com médias colunas decoradas em cima. No lugar tem uma cópia de um dessas colunas, a original se encontra no Museu Arqueológico.

O que restou do templo são apenas vestígios de seus materiais e o altar principal foi utilizado na construção da Igreja de San Nicola do século XVIII.

Templo de Hera Lacinia (Juno Lacinia)

O templo foi construído em homenagem ao Deus Hera, Roman Juno a Deusa do Matrimônio e estima-se seu início no século V a.C., por volta do ano 450, em estilo dórico arcaico.

Foram detectados sinais de um incêndio que se seguiu ao cerco de Akragas, em 406 aC, e muito tempo depois o templo foi restaurado na época da província romana da Sicília, com o telhado original de terracota sendo substituído por um de mármore, inclinação acentuada no lado leste.

Templo de Demeter e Perséfone

Está situado na parta ocidental do Vale dos Templos. Foi construído no século VI a.C. e reformado em meados do século V a.C. O lugar era considerado sagrado pela população antiga, anteriores aos colonos gregos. Se pode notar um interessante grupo de altares, sendo alguns deles circulares furados no meio, para a realização de oferendas aos deuses da morte.

O parque é grande, prepare-se para caminhar, mas pagando poderá voltar com um micro carro, fiz esta opção, pois o calor era intenso, beirava a 36 º C.

Saindo do vale em direção a cidade temos o Bairro Greco-Romano, com muitas vivendas e comércios com decoração em mosaicos e muito perto está a Igreja de S. Nicolas e o Museu Arqueológico Regional, que não pudemos visitar pois estava fechado.

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