O charme de seu pequeno porto pesqueiro, as várias praias que se estendem até as bahias de Aranciotto e Settefrati, faz de Cefalu, pouco conhecida dos brasileiros, um itinerário imperdível, que apesar de ser um pequeno balneário, está repleta de surpresas e cheia de história, cultura e beleza.
No verão recebe turistas de toda a Europa e a cidade com seus barzinhos, restaurantes e cafés provocam um verdadeiro turbilhão de pessoas, onde a paquera rola solta e a noite é incansável, onde a alegria e despreocupação é a rotina. Mesma pequena é um dos maiores centros de SPA da ilha oferecendo até banhos romanos.
Vamos a um pequeno resumo da história.
Os árabes conquistaram o assentamento bizantino e governaram até o início do século XI, quando os Normandos reconquistaram a Sicília. Os traços da dominação normanda são tão intensos que não é por acaso que Cefalu é chamada de “Cidadela Normanda”.
Após a queda do Império Romano do Ocidente, a cidade permaneceu parte do Império Romano Oriental (bizantino) e o assentamento acabou sendo transferido da planície para promontório rochoso reforçando sua defesa, como muitas cidades durante a era bizantina, já que o Mediterrâneo não era mais controlado exclusivamente pelo império e estava sujeito a incursões árabes. No entanto, a cidade velha nunca foi totalmente abandonada. Em 858 d.C., após um longo cerco, foi conquistado pelos árabes. Nos dois séculos seguintes, fez parte do Emirado da Sicília.
Em 1063 foi tomada pelos normandos e em 1131 Roger II, rei da Sicília, transferiu a sua posição quase inacessível, para uma ao pé da rocha, onde havia um pequeno, mas excelente porto e começou a construção da atual catedral de estilo bizantino.
Além dos árabes, a área ainda era habitada por gregos bizantinos, e esses cristãos ainda eram membros da igreja bizantina (ortodoxa grega). Entre o século XIII e 1451, esteve sob domínio de diferentes famílias feudais, tornando-se posteriormente, propriedade dos bispos de Cefalu. Durante o Ressurgimento Salvatore Spinuzza foi morto a tiros em Cefalu em 1857 e em 1861 a cidade passou a fazer parte do Reino da Itália.
Conta a história que no século XII Roger II conseguiu milagrosamente desembarcar na costa de Cefalu, salvando-se de uma violenta tempestade. Imediatamente ordenou a construção do prédio mais importante a Catedral Bizantina.
Corso Ruggero é a avenida principal da cidade antiga e é constituída de igrejas barrocas e nobres palácios nos dois lados, bem como as lojas mais elegantes de Cefalu. Por sua vez a melhor vista da cidade medieval é a partir do porto velho, onde encontra-se a porta Pescara, uma das quatros que dá acesso à cidade.
A Catedral normanda se localiza no centro nevrálgico de Cefalu, sob a sombra de promontório Rochoso, com forma de uma cabeça, daí a origem do nome da cidade.
Piazza Duomo |
Outras atrações:
- Praias de Cefalu
- Lavador Público Medieval
- Osterio Magno – Palácio fortificado de Roger II
Espero ter despertado sua curiosidade, dado uma pequena amostra do que é Cefalu, um itinerário imprescindível quando visitar a Sicília. Em tempos de tecnologia, entendo não ser necessário falar, como ir onde comer, onde dormir, pois como viajante independente, sempre utilizo o carro em todas as minhas viagens.
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