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Igreja de Santo Antão |
Com
aproximadamente 60 mil habitantes, quinto município mais extenso de Portugal,
rodeada por uma região de oliveiras com produção exuberante, favorecida pela
quantidade de sol e uma gama de cidades fortificadas, mais precisamente, pelos
municípios de Arraiolos, Estremoz, Beja, Elvas ,Monsaraz e Évora Monte, Évora é
a capital do Alentejo, situada no centro-meridional de Portugal e uma herança
cultural e artística única no país.
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Praça do Giraldo |
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Ruas estreitas do centro histórico |
Dentro
das suas muralhas, datadas do século XIV, com ruas estreitas e sinuosas
conduzem os turistas à magníficas obras arquitetônicas, entre as quais se
destacam: a Sé Catedral; as colunas do Templo romano de Diana, localizado
próximo das Termas romanas; e a praça do Giraldo, onde se testemunhou episódios
trágicos durante o período da inquisição, que fazem da cidade um dos destinos
turísticos preferidos do Alentejo, Portugal.
Denominada
de Cidade-Museu é simplesmente fascinante, onde encontramos os mais
tradicionais portugueses e uma quantidade incrível de monumentos históricos.
Trata-se de um antigo centro religioso, onde prosperou o comércio, se
constituindo em uma das cidades mais encantadoras e melhor conservadas de
Portugal, classificada como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, desde
1986.
Sua
história remonta ao século 59 a.C, cuja povoação, outrora denominada de “Ebora”,
foi um importante centro da península ibérica na conquista romana, conhecida
por “Ebora Liberalitas Julia.
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Praça do Giraldo e Igreja de Santo Antão |
Passou
por um sombrio período visigodo, renasceu como importante centro comercial,
durante o domínio islâmico, sendo posteriormente conquistada pelos cristãos,
quando Évora viveu a sua época de ouro entre os séculos XIV e XVI,
principalmente graças à Dinastia de Avis.
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Prefeitura de Évora |
Em
1540 foi declarada arcebispado e mais tarde, em 1559, foi fundada a
universidade jesuíta. O cardeal-rei D. Henrique morreu em 1580, sem deixar
descendência, assim Felipe II de Espanha assumiu o trono, deixando Évora de ser
cidade da corte real, entrando em declínio. Ironicamente este acontecimento
protegeu o famoso centro histórico da cidade alentejana, já que o êxito econômico
levou a uma melhor revitalização urbana.
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Templo Romano de Diana Deus da Lua |
O
Templo Romano, também conhecido como Templo de Diana, em referência a Diana,
Deusa da Lua, da casa e da castidade é um monumento situado no centro histórico
de Évora e está classificado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO,
Na
verdade, não existe nenhum documento associando o templo à divindade romana. Comenta-se
que foi fruto de uma legenda criada por um sacerdote português do século XVII, mas
o mais provável, é que fora construído em homenagem a César Augusto, que foi
venerado como Deus, durante e depois do seu governo. O Templo foi construído no
século I a.c., modificado entre os séculos II e III, destruído no século V,
durante as invasões bárbaras.
Na
idade média os restos do templo foram utilizados para a construção do Castelo
de Évora, sendo que a base e as colunas se mantiveram até 1836, quando o
recinto foi convertido em um açougue e finalmente em 1871, a estrutura medieval
foi demolida. Os trabalhos de restauração foram dirigidos pelo arquiteto
italiano Giuseppe Cinatti. É o que existe até hoje.
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Catedral N.S de Assunção |
A CATEDRAL DA SÉ.
Mais
conhecida como Catedral de Évora, seu verdadeiro nome é Basílica Sé de Nossa
Senhora de Assunção, é a maior catedral medieval de Portugal e não tem
paralelo no resto do país, foi iniciada em 1186 e consagrada em 1204, tendo
sido finalizada em 1250. Construída em granito, é marcada pela transição do
estilo românico para o estilo gótico e foi remodelada durante os séculos XV e
XVI, com o adendo do coro alto de estilo manuelino de carvalho, com desenhos
flamengos esculpidos, retratando cenas mitológicas, naturalistas e rurais, o
púlpito, o batistério em estilo renascentista e o arco da Capela de Nossa Senhora da Piedade
ou capela do Esporão (1529).
Durante o século XVIII ficou mais rica, com a construção da capela-mor,
sob comando de D. João V, sendo que os mármores de Estremoz, compartilham as
linhas romanas-góticas, sem contar o crucifixo Pai dos Cristos, colocado por
cima da pintura de Nossa Senhora da Assunção,
bem como, estátuas alegóricas dos bustos de São Pedro e São Paulo; e um
espetacular órgão de tubos do período renascentista.

Para além da entrada do pórtico principal, há ainda a Porta do Sol, com
arcos góticos, e a Porta Norte, reconstruída no período barroco.
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Nave Central |
Não menos importante sãos as três grandes naves no seu interior, sendo a
nave central a mais alta e mais importante, onde está o altar de N.S. do Ó, em
talha barroca, com imagens góticas da Virgem Maria em mármore e do Anjo
Gabriel.
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Torre dos Sinos |
Temos ainda as duas torres do período medieval, sendo que a do Sul, torre dos sinos, comanda o tempo na cidade. De cada um dos lados do seu portal existem espetaculares esculturas de Apóstolos, do século XIV, da autoria de Mestre Pêro e ainda a torre-lanterna do reinado de D. Dinis, coroado por uma agulha de escamas de pedra, a parte mais bela deste monumento.
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Naves Laterais |
As antigas Capelas de São Lourenço e do Santo Cristo e as Capelas
das Relíquias e do Santíssimo Sacramento, decoradas com adornos de talha
dourada, abrem-se no transepto. Aqui, no topo norte, encontra-se o espetacular
portal renascentista da Capela dos Morgados do Esporão.
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Claustro |
O claustro da Catedral de Évora, em estilo gótico, é onde se encontra a
capela funerária do seu fundador, o Bispo D. Pedro, bem como seu túmulo, que
foram acrescidos, recentemente, pelos túmulos dos Arcebispos de Évora falecidos
no século XX
Ainda temos um Museu de Arte Sacra com um espólio valiosíssimo nas áreas
da paramentaria, pintura, escultura e ourivesaria, mas não se pode ignorar o
terraço da Catedral, onde se tem a melhor vista da cidade, sendo uma das
atrações indispensáveis no passeio.
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Universidade de Évora - Foto Google. |
Universidade de Évora, fundada em 1559 pelo cardeal D. Henrique, futuro
rei de Portugal, foi instituída pelo Papa Paulo IV, inicialmente como
Universidade do Espírito Santo, mesmo nome do colégio que a formou, cuja
direção foi entregue a Companhia de Jesus que a dirigiu durante dois séculos.
Em 1759 foi fechada por ordem do Marques de Pombal, juntamente com a expulsão
dos Jesuítas.
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Universidade de Évora - Foto google |
Voltou a reabrir em 1973, por decreto do ministro da Educação José Veiga
Simão, no mesmo lugar como Instituto Universitário de Évora, que foi clausurado
em 1979, dando lugar a uma nova Universidade. As salas de aula da universidade
conservam ainda hoje, a fachada de azulejos dos Jesuítas.
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Capela dos Ossos - Foto Google |
Temos ainda a Capela dos Ossos, um dos monumentos mais conhecidos da
cidade e está no interior da Igreja de São Francisco. Foi construída no século
XVI por um monge franciscano, que queria levar aos seus irmãos a contemplação em
transmitir uma mensagem sobre o caráter efêmero e transitório da vida. Está
decorada com crânios, ossadas humanas.
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Igreja de São Francisco - Foto Google |
A Igreja de São Francisco de arquitetura gótica-manuelina, foi construída
entre 1480 e 1510 pelos mestres pedreiros Martim Lourenço e Pero do Trilho e
decorada pelos pintores Regios Francisco Henriques, Jorge Afonso e Garcia
Fernandes, estando intimamente ligada aos acontecimentos históricos, que
marcaram a expansão marítima de Portugal. Seus símbolos principais são a
monumental abóboda oval, a cruz da Ordem de Cristo e os escudos dos seus reis
fundadores, Juan II e Manuel I de Portugal.
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Fachada Igreja de São Francisco |
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Castelo de Évora |
O Castelo de Évora consiste na muralha da cidade e encontra-se classificado
como Monumento Nacional, constituído com o restante património da cidade, um
importante testemunho do passado, classificado como Património Comum da
Humanidade, pela UNESCO. Sua história está contada acima, nas conquistas
romanas, muçulmanas e recuperação pelas formas cristãs em 1.165
No século XVII, com a Guerra da Restauração, foi operada uma grande
modernização, de que ainda hoje restam muralhas, torres e portas.
Eu, subestimei a cidade e não tive o tempo que deveria ter, pois na ânsia de seguir viagem e conhecer mais e mais lugares, ficou um tanto prejudicado minha avaliação, não consegui encontrar as fotos da capela dos ossos e as do interior da Igreja de São Francisco, mas ainda assim, acho que passei uma boa noção do que a cidade representa na história de Portugal.
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