Quando você chega em uma cidade e
se apaixona por ela, sim é igual amor a primeira vista, uma joia rara escondida
dos turistas. Ninguém vem a França para ir para Bourges.
A antiga capital da região do
Berry, conseguiu guardar o seu centro histórico praticamente intacto. A cidade
faz-nos, como poucas cidades na França, viajar no tempo, até a Idade Média.
A cidade manteve ao longo de sua
história, um património rico e sumptuoso. Testemunhando esse passado notável, a
Catedral de St. Stephen, Património Mundial da UNESCO, palácios Jacques
Coração, mansões ou mesmo centenas de casas de madeira em toda a cidade, bem como
fachadas de prédios que faz a alegria dos fotógrafos amadores como eu.
É rotulada como “Cidade de Arte e
História", etiqueta que qualifica municípios que se envolvem em um
processo ativo de conhecimento, conservação, mediação e apoio.
Não ficamos à noite, mas se conta
que a luz predomina e ilumina as caminhadas pelas ruas da muralha da cidade a
beira do leito da Catedral e através do Palais Jacques coração.
A cidade transpira simpatia,
talvez seja o encanto de cidades pequenas que me fascinam. Tudo aqui é calmo e
sossegado, tão diferente de centros grandes como Paris. Eu moraria aqui. Não
tem buzinas, nada de pressa, sem turistas mal-educados, como os chineses, no
máximo alguém apressado como eu, pois o tempo é curto para tantas atrações.
As casas da Idade Média construídas
com pedras antigas, janelas e telhados excepcionais, serve de lição ou mesmo
aula de arquitetura.
Claro, se você não está de carro,
não chegará a Bourges, não tem um trem de velocidade, tipo TGV, mas tem um trem
simples, que com calma te leva onde você quer ir.
As ruas são estreitas, limpas, as
fachadas dos prédios bem conservadas, pode se notar que o patrimônio histórico e
cultural aqui é valorizado. Isto poderia se estender a todas as cidades
francesas o que tornaria a França ainda melhor.
A Catedral de Bourges
Em 1195, Dom Henri de Sully,
assistida pelo capítulo de cânones, decidiu reconstruir a catedral no novo
estilo gótico.
O sucessor de Henri de Sully, em
1199, o arcebispo William Dangeon ex-abade cisterciense, é uma parte importante
no desenvolvimento do projeto e na definição do programa iconográfico: a
catedral em sua totalidade, a sua decoração esculpida, vitrais, é uma afirmação
do dogma, contra as heresias. A morte de William, logo seguido por sua
canonização causar um afluxo de doações de fiéis e peregrinos.
Catedral de Bourges – portais
A Segunda etapa da construção foi
a nave e fachada ocidental, que apresenta cinco portais esculpidos, concluída em
1230, com os cinco portais. A torre norte, também chamada de revolução
silenciosa, porque nunca recebeu um sino, desabou em 1506, mas foi reconstruída
em estilo gótico, mantendo a harmonia, mesmo apresentado alguns afrescos
renascentistas.
Outro ponto especial são os
vitrais, que conseguem difundir a luz colorida nas pedras e faz o queixo cair e
a boca se abrir por apreciar tamanha beleza.
St. Michael
O sorriso do arcanjo São Miguel,
sorriso ressuscitado na nudez e juventude de seu corpo, e os eleitos envolto em
vestes compridas, são dominados por um Cristo majestoso e acolhedor, com vista
para o Juízo Final, em contrapartida com o inferno repleto demônios e criaturas
em desespero.
Faço quilômetros para ver uma
igreja, pois elas apresentam a história da humanidade, além de detalhes e
estilos impressionantes.
Bourges uma cidade para se
incluir em roteiro em uma vista de caro pela França.
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